quarta-feira, 17 de setembro de 2008

mi casa, su casa


gabriel no papel machê.


parede.


geladeira.


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

[5 meses sem postar depois...] UM TAPINHA NÃO DÓI


incrível como um pouquinho de violência é indispensável no dia-a-dia. quando um pirralho atentado não pára de correr de um lado para o outro e está prestes a quebrar tudo ao seu redor, um tapinha no bumbum, uma chinelada, uma puxada de orelha ou um simples biliscão é o suficiente para transformar o pirralho atentado em uma estátua emburrada. tá, eu já apanhei, sei como é chato e dói, mas não se trata de espancar a criança pelo amor de deus, mas sim trazê-la de volta pra realidade com um chacoalhão.

outro lado violento que admito em mim é com embalagens e coisas emperradas em geral. vidro de azeitona, palmito, catchup quando está acabando, chaves que não giram,
computadores travados e catracas. a força que você aplica nestes objetos pode até não resolver seu problema, mas aliviam seu estresse muito bem. tá emperrado? bate, soca, força que uma hora tu relaxa e consegue abrir.

os puritanos que me perdoem, mas sexo sem violência nenhuma é sexo de filme antigo e novela brega. um apertinho, uma puxadinha de cabelo na hora certa e até (por que não) um tapa na bunda dado com vontade deixam tudo muito mais intenso. e intenso na cama significa algo que se você ainda não descobriu, faça um favor a si mesmo(a) e descubra na próxima chance, ok?

deixando o assunto intenso de lado, também existe violência na higiene. depilação é a coisa mais violenta do mundo, um horror. francamente, a sensação de limpeza e o séxy appeal de tudo bonitinho igual no filme pornô são os únicos estímulos que me fazem encarar uma cera quente na hora da tão chamada depilação íntima (seja a cera de alga, de mel, de ouro diluído, dói tudo igual meu bem). E todo mundo já enfrentou algum tipo de dor na hora de tirar um cravo, uma espinha ou um pelo encravado que você simplesmente não conseguiu deixar de espremer.

se você é uma pessoa estressada aproveite e descarregue nos jogos dos links aí do seu lado direito. e se você se deu o trabalho de ler até o fim do post aproveite e responda a enquete, qual é seu lado mais violento?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

"Em caso de arrebatamento, este carro estará desgovernado"


Eu tento, tento, tento entender as pessoas que usam adesivos como o acima citado nos carros e não consigo. Horas no trânsito carecem de alguma distração e adesivos em carros alheios é a minha. Chega a ser melhor que placa de caminhão. Aliás, há até os adesivos inspirados nelas: "Deus deu a vida pra que cada um cuide da sua", "Nóis capota mais num breca" e outras frases típicas do mundo de adesivos caminhoneiros já podem ser vistas em automóveis por todo o lado.

Há ainda aqueles que usam o espaço do carro para divulgar suas opiniões, estão incluídos nesta categoria todos os adesivos do tipo "VOTE", adesivos de associações e de fundo religioso: "Faça DIREITO", "Quero um presidente competente, xô estrela cadente", "PETA", "Greenpeace", "Sou feliz por ser católico", "Drogas, Blah!", "Liberdade sim, racha nas ruas não!", "Se beber, não dirija", "Eu sou amigo dos autistas"...

Tem até adesivo com recado: "Já fui roubado", "Tá com pressa? Vai pescar", "Tá com pressa? Passa por baixo", "Bebê [ou o nome da criança sortuda] à bordo". Melhor que estes são os adesivos de bandas, times, igrejas (Bola de neve), personagens de desenhos animados (Hello Kitty) e qualquer ícone gráfico de bom gosto duvidoso (leia-se índios, pitt-bulls, gatinhos, etc.).

No topo da lista de "nunca serei íntima do dono deste carro" vem qualquer adeviso que comece com a palavra "Comitiva", qualquer atestado de babaquice: "Meu fígado é total flex", "É véio mas tá pago", "Cuidado, eu dirijo como você", "100% corinthiano", "Só pára quando bater" e a lista é longa...

Reclamo mas adoro, as horas no trânsito passam bem mais rápido com tanta informação, sabe de algum novo? Me conta que eu não compro e posto aqui no blog. Ah, e fica a dica: pra quem quer passar de fininho, adesivos são a maneira mais fácil de reconhecer o carro de alguém.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O brega é mais gostoso.


Passei por uma fase aí.

Bordando víceras.

Abraçando cactos.

Pra ver se expelia de mim uma poesia

menos barata do que esta aqui.

Deu no que deu. As palavras não sangram

e quem sobra com a dor sou eu.

Vou agora me solucionar.

Descolar um amigo emo, traduzir suas confissões.

Cair no clichê e gerundiar.

As boas rimas que me perdoem,

amar de carne osso e coração pode até

ser brega,

mas é muito mais gostoso.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

tá, o primeiro do ano não poderia ser aleatório.

Tá, mas o primeiro do ano é. Estou em casa com um gato miando desesperadamente. Ele me lembra como um alarme. De tudo que eu deveria ter arrrumado durante minhas semanas de férias. De tudo que eu deveria ter feito durante as últimas semanas. Por que prometemos estas coisas impossíveis? Por que, no fim do ano, tentamos sublimar tudo aquilo que deveríamos ter sido em promessas sem pé nem cabeça?
Perguntas sem respostas, fica o miado no ar. Um outro está no quarto ao lado. Muito mais humano e real do que meu gato e a carência dele. E neste eu vejo mais: futuro, esperança e sonhos realizados. Comecei o ano com uma promessa entre todas as outras: acreditar. Hoje eu acredito no amor. Hoje eu acredito que há algo além dos temores, mágoas e desesperos que ficaram para trás.